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Verão aumenta a síndrome do olho vermelho

Postado em 26/12/2019



O olho é o órgão que mais sofre no verão por conta das mudanças de hábitos, oscilações do tempo e maior proliferação de bactérias no ar. De acordo com o Instituto Penido Burnier os prontuários mostram que a síndrome do olho vermelho aumenta 20% durante a estação. Olhos vermelhos, lacrimejamento, coceira, sensação de corpo estranho, queimação, fotofobia e visão borrada são os sintomas.

 

O Instituto afirma que podem sinalizar conjuntivite, alergia, olho seco ou ceratite. Cada uma dessas alterações tem tratamento específico, mas nos meses mais quentes do ano 4 em cada 10 pacientes já chegam aos consultórios usando colírio por conta própria e por isso colocam a visão em risco.

 

Conjuntivite:

A água do mar e das piscinas são os maiores vilões entre crianças porque as pessoas costumam abrir os olhos debaixo d’água. Isso porque, o sal aumenta a perda da lágrima que protege a superfície do olho e fica suspensa na superfície pela córnea, membrana bem fininha de cinco milésimos de milímetros. Já nas piscinas, não é só o cloro que deixa os olhos vermelhos. Até as mais bem tratadas contêm bactérias que causam conjuntivite porque geralmente estão cheias de urina, muco de nariz, suor, maquiagem e protetor solar.

 

Tratamentos:

A secreção varia conforme o tipo de conjuntivite. Na bacteriana é purulenta e ao primeiro sinal devem ser aplicadas compressas mornas mais colírio antibiótico. Na viral a secreção é viscosa e deve ser tratada com compressas frias associadas a colírio anti-inflamatório não hormonal nos casos mais leves ou corticoide nos mais severos. Já na conjuntivite tóxica ou alérgica, a secreção é aquosa e as compressas frias aliviam o desconforto. Os casos de irritação ocular leve podem ser tratados com colírio adstringente e os mais severos com colírio antialérgico ou corticoide, conforme a avaliação do oftalmologista.

 

A receita médica só é exigida na compra de colírio antibiótico, mas cuidado com a interrupção abrupta do uso de corticoide porque pode causar efeito rebote, ou seja, agravar a inflamação. Já a aplicação prolongada pode induzir à catarata e ao glaucoma. O uso indiscriminado de colírio adstringente predispõe ao olho vermelho crônico.

 

A córnea, é uma espécie de lente natural fixa na frente do olho que foca a luz e protege o olho, absorvendo o oxigênio diretamente do ar, não da corrente sanguínea como as demais estruturas do nosso corpo. A má oxigenação predispõe à inflamação ou ceratite, contaminação por bactérias e à formação de úlceras que podem cegar. A produção da lágrima é menor à noite.

Por isso, para manter a integridade da córnea é recomendado: nunca dormir com lentes de contato (mesmo as indicadas para uso noturno), não exagerar na exposição ao ar condicionado e retirar as lentes de contato antes do embarque nas viagens aéreas com mais de três horas de voo, já que o ar é mais rarefeito nas cabines, e instilar lágrima artificial durante a viagem.

 

O excesso de filtro solar ao redor dos olhos somado ao suor facilita a penetração nos olhos de crianças e adultos. Resultado:  o verão também aumenta os casos de conjuntivite tóxica, uma reação alérgica pelo contato da mucosa ocular com as substâncias do protetor.

 

 O ASSIM SAÚDE aconselha procurar o médico e não fazer uso de nenhum medicamento sem prescrição.